3ª cidade
Tiradentes
Tiradentes
Dia 31 de janeiro de 2012. Não
sai pela manhã da Segredo Pousada em São João Del Rei. Tomei café e voltei para
o quarto para continuar blogando. Somente ao meio dia que deixei a pousada em
direção a rodoviária para ir para Tiradentes. Antes passei no restaurante Chafariz (R$7,00) para
almoçar.
Peguei um
ônibus urbano (R$2,00) na Av. Tancredo Neves no sentido da estrada de ferro para ir para rodoviária. Um
pouco longe do centro, mais foi bem tranquilo.
O povo mineiro tem o sorriso discreto, a fala alta e a simpatia generosa. Pedir ajuda aqui é contar com uma generosidade surpreendente.
Na rodoviária cheguei a tempo de pegar o ônibus das 12:50 h. São apenas 30 minutos de ônibus urbano (R$2,55).
Segundo a orientação da dona da Segredo Pousada, tem ônibus que vai pela estrada velha e outros pela rodovia principal. Ela selecionou os horários pela estrada velha para mim, mais acabei pegando o que já estava sair. Realmente foi muito rápido, e o ponto final é bem no centro. Percebi logo que eu teria que voltar para São João Del Rei para ir para a minha próxima cidade, Congonhas. Dito e feito, suspeita confirmada pelo funcionário da rodoviária. Tudo bem, vou aproveitar a cidade. Procurei pousada com um chuvisco que pareceu passageiro, e foi. Depois de andar bastante, vendo preços, encontrei a Pousadium (R$100,00 uma diária) na rua da rodoviária antes de atravessar a ponte.
O povo mineiro tem o sorriso discreto, a fala alta e a simpatia generosa. Pedir ajuda aqui é contar com uma generosidade surpreendente.
Na rodoviária cheguei a tempo de pegar o ônibus das 12:50 h. São apenas 30 minutos de ônibus urbano (R$2,55).
Segundo a orientação da dona da Segredo Pousada, tem ônibus que vai pela estrada velha e outros pela rodovia principal. Ela selecionou os horários pela estrada velha para mim, mais acabei pegando o que já estava sair. Realmente foi muito rápido, e o ponto final é bem no centro. Percebi logo que eu teria que voltar para São João Del Rei para ir para a minha próxima cidade, Congonhas. Dito e feito, suspeita confirmada pelo funcionário da rodoviária. Tudo bem, vou aproveitar a cidade. Procurei pousada com um chuvisco que pareceu passageiro, e foi. Depois de andar bastante, vendo preços, encontrei a Pousadium (R$100,00 uma diária) na rua da rodoviária antes de atravessar a ponte.
Preferi pagar somente uma diária, acho que vou ficar apenas um dia em Tiradentes. São chalés fora da casa principal com um pequeno terraço na entrada. O meu tem o nome de Padre Toledo, não são números.
A dona muito simpática e já conseguiu os horários dos ônibus para Congonhas que saem de São João Del Rei (12:00, 14:00, 16:00 e 19:00 h a R$25,00 e 2 horas de viagem). Ela me deu um mapa da cidade e me avisou que às 17:00 h era servido um chá. Que bacana.
Vamos a história da cidade de
Tiradentes.
Foi descobrindo muitos filões de
ouro na encosta da Serra de São José que João de Siqueira Afonso fundou a
cidade que foi batizada de Arraial de Santo Antonio. Isso em 1702 e em 1718 foi
elevada à Vila de São José Del Rei, homenagem ao príncipe D. José. Somente no
governo republicano teve seu nome alterado para Tiradentes, em homenagem a seu
filho ilustre. Tiradentes foi uma das cidades que mais teve ouro de superfície
do Brasil.
MATRIZ DE SANTO ANTÔNIO
Não é permitido fotografar o interior desta igreja. Ingresso (R$2,00)
O seu interior é surpreendente. A capela-mor e de talha dourada repleta de motivos ornamentáis e belíssimas pinturas no forro e nas paredes laterais bem ao gosto rococó. O orgão desta igrega fica na lateral na estenção da balaustrada, local do coro, ao lado esquerdo da entrada. As informações são categóricas em afirmar que é um dos mais belos templos barrocos de Minas Gerais. A fachada foi modificada em 1810 a partir de um risco encomendado a Antônio Francisco Lisboa, o Alejadinho.
O relógio de sol, colocado no lado direito de quem sobe as escadas na frente da igreja em 1785, é um símbolo da cidade. É reprodusido em pedra-sabão pelos artesãos locais.
IGREJA DA SANTÍSSIMA TRINDADE
Mesmo com todo deslumbramento do
interior da Matriz de Santo Antônio não chega perto da energia que senti dentro
da Igreja da Santíssima Trindade. Um monumento vivo, cheio cores, movimento e de alma.
Para
se chegar basta subir pela lateral direita da igreja da Matriz. De princípio
me pareceu abandonada. Na porta da frente uma placa de papel “entrada pelo lado”.
Fui entrando e meus olhos não conseguiam parar de observar todos os detalhes. Foi
neste momento que percebi a minha proposta fotográfica para essa viagem.
Aos poucos fui me distanciando da fotografia e me envolvendo na importância desta igreja para as pessoas desta cidade e dos arredores.
Uma curiosidade: foi nessa igreja que o Alferes Tiradentes, devoto da Ss. Trindade, exigiu que na bandeira da Nova República, idealizada pelos inconfidentes, tivesse o triângulo da trindade. O símbolo é usado na bandeira do estado de Minas Gerais.
Sua construção é de 1810, feito
sobre planta e risco de Manuel Victor de Jesus. Além de seu interior
aparentemente simples essa igreja guarda uma raridade: uma imagem do Pai Eterno
em tamanho natural, única no Brasil, de autor desconhecido.
Comprei uma pequena escultura dessa imagem e duas fitas para amarrar em minha mochila. Ganhei a oração de súplica e agradecimento à Santissima Trindade da senhora que me atendeu.
Ó Ss. Trindade que sois Pai, Filho e
Espírito Santo. Eu como filho, aqui estou aos
vossos pés para vos louvar, agradecer
tantas graças alcançadas e pedir pelas
minhas necessidades e as do meu próximo.
Vós Deus Pai de amor e pura bondade,
bem sabeis do que mais necessito neste
momento, por isso venho até vosso
santuário com toda fé que está no meu
coração pedindo vossa ajuda e consolo,
se for de vossa vontade atendei-me,
Ó Deus Pai.
Amém!
Sai deslumbrado deste momento e
fui em direção ao marco da Estrada Real que fica fora da cidade, subindo anda
mais e descendo até um cruzamento. A altitude
me deixou ofegante, coloquei a respiração no lugar fui até lá. Distante, mais
uma caminhada maravilhosa.
Descansei por um tempo, naquele marco, e voltei pelo
mesmo caminho até a Capela do Rosário.
CAPELA DE NOSSA SENHORA DO
ROSÁRIO
O choque que eu tive ao passar
pela cortina de veludo vermelho, de onde se paga R$2,00 para uma senhora muito simpática,
para o corredor central da pequena capela é indescritível. Fiquei parado um
tempo sem reação nenhuma. Foi difícil começar a fotografar. O primeiro sentimento
que eu tive foi de fazer parte do que estava vendo na minha frente. Humano, Divino,
Eu, muito próximo de tudo e de mim. Foi o local que fiquei por mais tempo. O
espaço não é grande, os santos ficam muito próximos. São três altares em talha,
do lado esquerdo São Benedito, de a mim já conhecido, do direito Santo Antônio
do Noto, que eu não conhecia (filho de negros etíopes de credo muçulmano,
depois foi convertido ao cristianismo), e ao centro Nossa Senhora do Rosário, a
única imagem não negra desta capela, o restante todos negros.
Foi construída em 1708 e finalizada em 1719 pelos escravos que trabalhavam à noite e levavam em suas unhas e cabelos, ouro roubado de seus senhores para decorar a capela.
Sai meio atordoado sem sabe para onde
ir. Resolvi não visitar mais igreja por hoje e a andar a toa. Observei
que nas portas de entrada de algumas casas tinha uma cruz, a maioria recoberta
com tufos de tiras finas de papel crepom. Sai fotografando todas as que eu
encontrava pela frente. Depois uma senhora muito simpática, essas da beira já janela,
me disse que essa cruz é feita e colocada na porta de entrada da casa do dia 2
para o dia 3 de maio, momento em que Nossa Senhora vem para beijar essa cruz e abençoar
a casa. Fiquei doido para comprar uma, mas me contive por questões de peso.
Comprei apenas uma pomba do Divino bem pequena e três flores de madeira, também
pequenas.
PASSOS
Aqui, como em São João Del Rei, eu encontro essas pequenas capelas ou grandes horatórios, posso ver assim, nas ruas, isoladas ou ligadas a alguma casa, que são abertas na Semana Santa. Nesta epoca eu não consegui ver o interior de nenhuma. Ta vontade de vir na Semana Santa só par ver. É aqui em Tiradentes, situada no Largo do Sol, uma das mais bonitas do estado de minas, ilustrada com pinturas de Manuel Victor de Jesus.
CASA DO PADRE TOLEDO
Este casarão tem seu valor arquitetônico, pois é a construção em que mais se concentram pinturas de tetos em um mesmo prédio em Minas Gerais. Pena que não pude entrar e nem brechar; está em reformas. Esta casa era de propriedade do Inconfidente Padre Toledo. Foi nesta casa, em 1788, que ocorreu a primeira reunião da Inconfidência Mineira, onde se tratou os primeiros ideais de libertar o Brasil de Portugal.
CHAFARIZ DE SÃO JOSÉ
Sua construção data de 1749 e foi projetado para ter três funções: na parte da frente, abastecer com água potável a população, à direita servir como suporte para as lavadeiras locais e à esquerda servir de bebedouro aos animais. Segundo a lenda, basta beber um gole desta água e o retorno e certo para Tiradentes. Essa água é conduzida da nascente pelo aqueduto de pedra feito por escravos.
Subindo pela rua em frente da rodoviária fica, em um morro bem alto, essa igreja. De lá se tem a vista mais bonita da cidade e da Matriz de Santo Antônio. Um pouco abandonada mais destaco o cruzeiro datado de 1718, com seus símbolos católicos entalhados em sua extensão. Sentei um pouco para aproveitar da vista da cidade e deslumbramento da Serra de São José que reduzia com a luz do sol no final da tarde.
IGREJA DE NOSSA SENHORA DAS MERCÊS
Essa foi a última igreja que foi, eu sabia que não estaria aberta somente na quinta e eu não estaria mais aqui. O que sei dela é que foi construída no século XVII pela irmandade dos Pretos Crioulos, isto é, nascidos no Brasil.
ARTE-NATI
Seu Márcio fabricante de panelas de pedra.
COISAS DE CADA UM
FLORES DO MEU CAMINHO
Como diz o mineiro “Tiradentes é pra lá de bonito”
Sai de Tiradentes no ônibus
das 12:10 h para São João Del Rei, vou pegar o ônibus das 14:00 h para
Congonhas. Comprada a passagem, pela empresa Viação Sandra (R$25,00), deixei a
mochila maior no guarda volumes (R$1,50) e fui procurar almoço por ali mesmo. A
dica é o restaurante Sabores Caseiro (R$ 8,10), bem atrás da rodoviária. Muitas
verduras, um pouco de massas e também churrasco.
Congonhas, aqui vou eu. Dia 1 de fevereiro de 2012
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