5ª
cidade
Mariana
Esse
trecho foi o mais complicado. Peguei um ônibus (R$2,10) no centro de Congonhas
até a rodoviária. Esperei o ônibus Policlínica, mais acabei pegando o primeiro
que passou para a rodoviária.
Para eu chegar a Mariana, o caminho foi:
Congonhas para Conselheiro Lafaiete pela empresa Comércio, Lubrificantes, Peças
Ltda.(R$4,85), nome estranho.
Depois de Lafaiete para Ouro Preto na Companhia
Atual de Transportes (R$15,18). Ouro Preto está se recuperando dos estragos das
chuvas. Paramos em uma rodoviária improvisada bem antes da que eu conhecia.
Fiquei um pouco perdido mais pequei informações que deveria esperar na parada
urbana o ônibus (R$2,00) para Mariana.
Desci bem no centro e procurei o local de informações ao turista. Indicação do Hotel Faísca (R$120,00 duas diárias),
perto e no centro. Hotel tem cara de
hotel, com vários quartos e impessoal,
bem diferente da pousada, sempre bem intimista no espaço e no atendimento. Meu
quarto tinha uma vista panorâmica para Doda Mariana. Fiquei horas no final da
tarde, encantado pela luz que pintava os telhados das casas, as torres das
igrejas e ao fundo, dando moldura a tudo isso, as montanhas.
Merecidamente essa
cidade faz jus as palavras em seu mapa guia: “Segredos e mistérios que encantam
a todos, pois assim é Mariana!”. A cidade me inebriou aos poucos, a cada
descoberta de seus lugares, do acolhimento das pessoas e da musicalidade
latente no ar. A história mostra sua importância. Foi o primeiro arraial, primeira vila,
capital, cidade e bispado de Minas. Foi povoada à partir de 1696, é uma das
mais importantes cidades do Ciclo do Ouro. Foi o primeiro e único traçado
urbanístico elaborado no período colonial. Tem a maior mina de ouro aberta a
visitação do mundo, com descidas subterrâneas que chegam a um belíssimo lago
natural. Esta programação eu não fiz, vai ficar para outro momento. Nesta minha
viagem eu foquei mais aos centros urbanos, o ecoturismo e turismo rural vão
ficar para aproxima.
Tive
um primeiro momento de caminhada na tarde da minha chegada e fui visitar
(R$3,00) a Basílica de Nossa Senhora da Assunção.
É a primeira Catedral de
Minas, e além das riquezas de seus altares eu destaco o Órgão Arp Schnitger ou
como é chamada Órgão da Sé. Eu tive a oportunidade de assistir (R$18,00) no
domingo às 12:15 h, o Concerto com Elisa Freixo. Um Concerto cheio de música e
explicações sobre a história e a trajetória daquele Órgão. Foi a melhor
despedida que eu poderia ter na minha saída de Mariana.
Voltando ao passeia
daquela tarde da chegada, saindo da Sé subi em direção a Igreja de São Pedro
dos Clérigos.
É uma subida muito acentuada por entre casas coloniais. A igreja
totalmente diferente das que eu já tinha visto. Toda na cor de cerâmica
parecendo que foi construída de barro. Estava fechada e aproveitei para curtir
a vista panorâmica do centro de Mariana.
Logo ali, sentei em uma padaria, aqui
todas são maravilhosas, para comer pão crioulo com queijo e o tradicional pão
de queijo, que eu não poderia deixar e lado.
Desci em direção ao hotel e me
deparei com a Praça Minas Gerais onde fica o mais belo conjunto arquitetônico
barroco de Minas.
Santuário
de Nossa Senhora do Carmo (R$2,00). Igreja da padroeira da cidade. Sua construção
foi iniciada em 1784. Destaque para os florões na fachada. Eu perdi quase todas
as fotos que fiz no sábado, deu erro no cartão, que inclui todos os interiores
das igrejas e muitas flores.
Igreja de São Francisco de Assis (R$2,00). Nesta eu
consegui voltar no domingo e registrar novas imagens. É nesta igreja que está o
tumulo de Manoel da Costa Athayde, o maior pintor do período colonial
brasileiro.
Antiga
Casa de Câmera e Cadeia. Dentro quase nada a se ver apenas alguns quadros da Família
Real, fotos dos prefeitos e muito desgaste do prédio.
Ao
centro o Pelourinho. Mais um símbolo da justiça do século XVIII que se mantém
depois da abolição.
Estavam
todas fechadas, só no sábado e que pude visitar.
No sábado também visite o
Museu Arquidiocesano de Arte Sacra (R$5,00) com um rico acervo de objetos,
indumentárias e obras de Aleijadinho e Athayde.
O
que mais gostei foi a Estação de Trem Mariana. A viagem Mariana a Ouro Preto
está parada para manutenção, mais o que tem de melhor neste espaço é:
Praça Lúdico-musical, um parque infantil que
mistura brinquedos com instrumentos musicais. Eu fiquei encantado.
Vagão dos sentidos, por alguns minutos a audição e a visão do publico, que senta em uma cadeira giratória de 360 graus, envolta a TVs no lugar das janelas, é provocada quando assistem vídeos sobre Arte Barroca, Mineração, Campanários e Povo Mineiro. Só imagens e sons, numa edição frenética que prende a atenção das crianças e adultos.
Biblioteca
infantil muito boa com net disponível.
Vale
à pena passar algumas horas neste universo que mistura história com
funcionalidade educativa extremamente contemporânea. Nunca vi nada igual com
esses elementos juntos.
Almoço espetacular no restaurante Gaveteiros (R$16,00), comida mineira e salada à vontade, bem na Praça da Catedral da Sé.
Fui
até o Seminário São José – Instituto de Teologia. O caminho é bem tranqüilo até
chegar a um portão, início de um caminho arborizado, que se sobe até encontrar
um prédio monumental. Não se passa daí. Registro fotográfico perdido.
Próxima
visita a Capela de Nossa Senhora da Boa Morte. Estava fechada e o entorno muito
sujo e abandonado.
Igreja
e Cemitério Santana também fechada, nem do muro passei.
Consegui entrar na Igreja de Nossa Senhora do Rosário que fica do outro lado da cidade numa parte bem alta. Valeu ver mais um trabalho de talha com pinturas policromadas por Manoel da Costa Athayde.
COISAS DE CADA UM
No domingo, como já relatei, assisti ao Concerto na Catedral da Sé que terminou 13:20 h. Almocei muito rápido no Restaurante Gaveteiros (R$8,45) para chegar a tempo de pegar o ônibus que saia às 14:15 h para Belo Horizonte. Não tem empresa de ônibus que faça a rota de Mariana para Diamantina. Peguei minha mochila no hotel e o ônibus (R$2,00) para a rodoviária. Deu tudo certo, em BH eu resolvo se vou para Diamantina.
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