6ª cidade
Diamantina
Cheguei à rodoviária de Belo
horizonte, que eu já conhecia, por volta das 16:00 h.
Fui logo pegar informações sobre os horários dos ônibus para Diamantina. O mais imediato era às 18:45 h pela Pássaro Verde (R$51,50 horário promocional, normal é R$73,00), com chegada prevista para às 23:50 h. não comprei de imediato; fui pegar informações sobre Brumadinho. É outra empresa que faz essa rota, com ônibus todos os dias às 9:00 h e retorno às 16:00 h. Pensei,....pensei,para ir para Brumadinho eu teria que pernoita em BH, não era minha intenção, então, fui comprar a passagem para Diamantina, assim eu fecharia meu roteiro. Depois de está dentro do ônibus bateu a preocupação com o horário da chegada para consegui hospedagem. Relaxei e curti a viagem; fez um por do sol lindo.
Fui logo pegar informações sobre os horários dos ônibus para Diamantina. O mais imediato era às 18:45 h pela Pássaro Verde (R$51,50 horário promocional, normal é R$73,00), com chegada prevista para às 23:50 h. não comprei de imediato; fui pegar informações sobre Brumadinho. É outra empresa que faz essa rota, com ônibus todos os dias às 9:00 h e retorno às 16:00 h. Pensei,....pensei,para ir para Brumadinho eu teria que pernoita em BH, não era minha intenção, então, fui comprar a passagem para Diamantina, assim eu fecharia meu roteiro. Depois de está dentro do ônibus bateu a preocupação com o horário da chegada para consegui hospedagem. Relaxei e curti a viagem; fez um por do sol lindo.
Cheguei 0:10 h e perguntei para o motorista do ônibus sobre
pousada, ele me indicou o Hotel Santiago (R$ 150,00 três diárias), bem em
frente da rodoviária; eu não tinha muita escolha naquele horário. Hotel bom,
aos moldes do hotel em Mariana, só que sem a vista para a cidade.
No dia seguinte descobri que o hotel fica na parte mais alta da cidade. Na primeira descida já percebi o quanto iria ser puxada a subida. Quase que troco pela Pousada Ouro Mineiro (R$ 50,00 a diária), que fica bem no centro. Não troquei por conta do horário da saída do ônibus na volta para BH que é às 6:00 h e ficaria difícil eu subir com as coisas neste horário para a rodoviária. Condução aqui, só moto, isso nem pensar. Coloquei um basta nesta história e fiquei onde estava.
No dia seguinte descobri que o hotel fica na parte mais alta da cidade. Na primeira descida já percebi o quanto iria ser puxada a subida. Quase que troco pela Pousada Ouro Mineiro (R$ 50,00 a diária), que fica bem no centro. Não troquei por conta do horário da saída do ônibus na volta para BH que é às 6:00 h e ficaria difícil eu subir com as coisas neste horário para a rodoviária. Condução aqui, só moto, isso nem pensar. Coloquei um basta nesta história e fiquei onde estava.
Desci a ladeira até chegar ao
centro, onde fica a Catedral Metropolitana de Santo Antônio, no meio de um
movimento muito grande de carros e pessoas.
A Catedral estava aberta e entrei para visitar. Tive um choque com o visual “clim” e os elementos modernos do altar central.
Percebi que eu tinha criado uma organização visual, de tanto ver um mesmo padrão de construção, e quando eu entrei houve um rompimento. Fiquei parado por um tempo e à medida que fui entrando percebi dois altares laterais, trabalhados em talha e ouro, com elementos familiares ao meu registro visual. Descobri que a história dessa construção é muito recente. Essa igreja foi erguida no lugar de outra mais antiga, e sua construção só terminou em 1932. Deve ser por isso essa mistura.
A Catedral estava aberta e entrei para visitar. Tive um choque com o visual “clim” e os elementos modernos do altar central.
Percebi que eu tinha criado uma organização visual, de tanto ver um mesmo padrão de construção, e quando eu entrei houve um rompimento. Fiquei parado por um tempo e à medida que fui entrando percebi dois altares laterais, trabalhados em talha e ouro, com elementos familiares ao meu registro visual. Descobri que a história dessa construção é muito recente. Essa igreja foi erguida no lugar de outra mais antiga, e sua construção só terminou em 1932. Deve ser por isso essa mistura.
Vamos aos registros históricos
Diamantina fica junto à
Serra do Espinhaço e é o maior município do alto do Jequitinhonha. A cidade
surgiu em 1713 com o nome de Arraial do Tijuco ou “Tejuco”, pelas mãos de
bandeirantes cujas expedições procuravam ouro, prata e esmeraldas. Para
surpresa geral, no entanto, sua grande riqueza estava nos diamantes. As
descobertas ocorridas desde 1719 fizeram com que em 1730 a coroa portuguesa
estabelece o distrito diamantino, impondo regulamentos severos à atividade
mineradora e normas restritivas a própria vida social e política do arraial.
Assim, somente em 1838 Diamantina se tornaria cidade, já com o nome atual. Com
um importante conjunto de construções coloniais, do qual se destacam igrejas
barrocas e belos casarões, a cidade foi declarada patrimônio cultural mundial
pela UNESCO em 1999.
Voltando a caminhada procurei outras
visitações e percebi que todas estavam fechadas; lembrei que era segunda-feira.
Fiquei andando a manhã toda, só passando na frente dos museus e das igrejas,
até a hora do almoço. Peguei indicação, de uma pessoa na rua, do restaurante
Apocalipse Buffet (R$13,15 ). A melhor comida de toa a viagem, acompanhada do
prédio e da vista panorâmica da Serra do Espinhaço, enquadrada pelos janelões.
Depois do almoço fui até a Casa da Glória, cartão postal da cidade. São duas casas, cada qual construída em épocas distantes e em lados opostos da rua. O famoso passadiço data dos tempos das irmãs vicentinas - a partir de 1876. Sua função era preservar as internas dos olhares alheios, principalmente dos rapazes, quando atravessassem a rua. Hoje pertence a Universidade de Geologia com uma parte utilizada pela universidade e a outra exposição de coisas da história das pesquisas em geoligia.
Andei mais um pouco e voltei para o hotel. Na frente do hotel, olhando por trás da rodoviária, vi uma torre de igreja e fui lá. É a Basílica do Sagrado Coração de Jesus construída em 1884. Seus vitrais franceses refletem toda a beleza do estilo neo-gótico. Os Vitrais da basílica foram trazidos da França no século XIX Eles representam os quinze mistérios do Rosário de Maria. O décimo sexto é a representação da aparição do Coração de Jesus á Santa Margarida Maria. É muito linda, foi uma grande surpresa.
Fui descançar um pouco no hotel e só saI novamente no final da tarde para jantar e presenciar, do mirante, um por do sol esplendoroso.
Depois do almoço fui até a Casa da Glória, cartão postal da cidade. São duas casas, cada qual construída em épocas distantes e em lados opostos da rua. O famoso passadiço data dos tempos das irmãs vicentinas - a partir de 1876. Sua função era preservar as internas dos olhares alheios, principalmente dos rapazes, quando atravessassem a rua. Hoje pertence a Universidade de Geologia com uma parte utilizada pela universidade e a outra exposição de coisas da história das pesquisas em geoligia.
Andei mais um pouco e voltei para o hotel. Na frente do hotel, olhando por trás da rodoviária, vi uma torre de igreja e fui lá. É a Basílica do Sagrado Coração de Jesus construída em 1884. Seus vitrais franceses refletem toda a beleza do estilo neo-gótico. Os Vitrais da basílica foram trazidos da França no século XIX Eles representam os quinze mistérios do Rosário de Maria. O décimo sexto é a representação da aparição do Coração de Jesus á Santa Margarida Maria. É muito linda, foi uma grande surpresa.
Fui descançar um pouco no hotel e só saI novamente no final da tarde para jantar e presenciar, do mirante, um por do sol esplendoroso.
Dia seguinte, sai com o mapa todo marcado, em uma sequência, com os pontos que eu iria visitar. Não deu certo, os lugares só abriram depois das 14:00 h. Joguei para os ares o planejado e fui direto para o Museu Casa de Juscelino (R$2,00), a única aberta. É a casa onde viveu JK na sua infância. O museu é dividido em duas partes: a primeira, a própria casa, conta a história de sua família e os primeiros anos de sua vida em Diamantina; a segunda, um prédio mais moderno, com um auditório e uma exposição relacionada a sua careira como médico e político. Tudo muito cuidado. Valeu a pena subir uma interminável ladeira.
Na ida para o almoço passei em frente ao Museu do Diamante (R$1,00) e estava aberto. Apenas uma sala com objetos utilizados na extração de ouro e diamantes as outras sete com exposição de objetos da época colonial: santos, móveis, armas, objetos utilitários, objetos que eram utilizados para prender e castigar os escravos, pianos e caixas de música. Parece mais um museu da cidade. Pensei, pelo nome, que se tratava apenas de diamantes. Vale à pena, tem curiosidade da cultura da época colonial muito interessantes.
Sai de lá direto para o almoço, novamente no Apocalipse (R$18,25),
agora com sobremesa. Descansei um pouco, e como já eram 14:10 h, sai para o
restante das visitas.
A Igreja de Nossa Senhora do Amparo (R$2,00), construída em 1756, estava aberta e pude fotografar. A torre é central e dentro inclui três retábulos com pintura de Silvestre de Almeida Lopes. Em um deles um belíssimo presépio em miniatura.
Igreja Nossa Senhora do Rosário (R$2,00) é a mais antiga de Diamantina (1731), construída pela Ordem dos negros escravos. Não pude fotografar internamente. O altar central todo trabalhado e pinturas no teto de José Soares de Araujo. Chamaram minha atenção as aberturas laterais de iluminação do altar. Em corte na diagonal acompanhando o direcionamento da claridade.
A Capela Senhor do Bonfim não abriu, peguei apenas informações sobre sua história. Construída por volta de 1771 por militares conforme conta a tradição oral. Apresenta uma única torre na fachada e um rico interior com taipas douradas e pinturas no teto da capela mor de autoria provável de um discípulo do guarda mor José Soare de Araújo.
Na Igreja do Carmo (R$2,00) andei por todos os
seus espaços. O refeitório é bastante peculiar. O que se vê é uma mesa bem
grande bem embaixo da torre do sino. Olhando para cima, um vão muito alto com
escadas ao seu redor. Lá de cima pende uma corda que se estende do sino até bem
próximo da mesa. Fiquei imaginando os acontecimentos deste lugar. Saindo por
uma porta bem estreita fui parar na sacristia, e somente depois que entrei na
nave da igreja. O teto é todo pintado de ponta a ponta.
Segundo a placa na porta da igreja ela foi construída entre 1760 e 1765 com recursos de João Fernandes de Oliveira, responsável pela exploração de diamantes, quando viveu com a ex-escrava Chica da Silva. Percebi que no coro tinha uma caixa vazia de um órgão e fui perguntar para o zelador o que tinha acontecido. Estava para concerto na Casa de Chica da Silva, sede do IPAM.
Vista da Igreja do Carmo pela janela da Casa de Chica da Silva.
Segundo a placa na porta da igreja ela foi construída entre 1760 e 1765 com recursos de João Fernandes de Oliveira, responsável pela exploração de diamantes, quando viveu com a ex-escrava Chica da Silva. Percebi que no coro tinha uma caixa vazia de um órgão e fui perguntar para o zelador o que tinha acontecido. Estava para concerto na Casa de Chica da Silva, sede do IPAM.
A Casa de Chica da Silva foi o local que mais eu queria visitar. Uma verdadeira mansão construída pelo contratador João Fernandes de Oliveira, para servir de residência sua e de sua amante, a ex-escrava Chica da Silva. Lá eles viveram de 1755 a 1770.
Jardins da Casa de Chica da Silva.
A Casa de Chica da Silva abriga a sede do IPHAM. A visita somente as salas no piso de entrada e os dois salões de cima, o restante dos compartimentos ficam os escritórios e não se tem acesso.
No salão superior abriga uma exposição de telas com a imagem de Chica da Silva. A casa não guarda nenhum móvel ou objeto da época. Que é uma pena, e se percebe nisso o quanto essa história ficou ao acaso. Sai um pouco frustrado, esperava mais.
A
Igreja de São Francisco de Assis onde supostamente Chica da Silva estaria
entrada não abriu esses dias todos. Sem chance de continuar essa história.
A Igreja das Mercês está em reforma e só
consegui entrar um pouco na sacristia e dar uma olhada muito rápida no altar.
Está todo desmontado e sem nenhuma imagem. Construída entre 1772 e 1785 pelos
crioulos incompatibilizados com os pretos da irmandade do rosário.
Só consegui entrar no Teatro Municipal no final da tarde; estava sem energia a manhã toda. Palco a italiano com platéia para 150 pessoas. Em volta do palco uma passarela estreita e só. Sem nenhuma vara para cenário ou iluminação. Equipamento de iluminação nenhum. Só consegui entrar por convencimento. Tinha uma equipe trabalhando na construção das varas definitivas para a iluminação. Anexo a esta caixa, do lado externo um pequeno palco tendo como fundo a Serra do Espinhaço.
ARTE-NATI
COISAS DE CADA UM
FLORES DO MEU CAMINHO
O sol indo embora e a lua chegando, e eu, subindo a ladeira com mais uma presente da natureza. Grande despedida do final da minha jornada.
Agora o caminho de volta para casa.
No dia 12 de fevereiro às 20:40 do
aeroporto Confins, em Belo Horizonte, sigo para minha cidade, Belém do Pará.
Que blog perfeito, trouxe todos os mínimos detalhes daquele lugar magnífico.
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