1ª cidade
Paraty
Paraty
Sai, dia 26 de janeiro de
2012, do Rio de Janeiro pela rodoviária em direção a Paraty, primeira cidade da
rota do Caninho Real que eu pretendo conhecer. Um taxi (R$14,00) me levou do
hotel Carioca (R$ 410,00 cinco dias) centro do Rio, até a rodoviária. Antes
deixei Cláudia Palheta no apartamento de Miguel Santa Brígida, ela retorna para
Belém hoje às 18:00h. Comprei a passagem na linha Costa Verde (R$59,00), que
saiu às 10:30 h. Partimos com sol, mais aos poucos a chuva foi se fazendo presente.
Eram 15:30 h quando
cheguei em Paraty e a chuva apenas respingava. Fui me informar como chegar em
São Lourenço. Descobri que de Paraty não se chega lá e nem de Angra. Voltar
para o Rio nem pensar. Resolvi esquecer este fato e tentar pensar depois sobre isso.
Mochila nas costa e fui caminhando direto para o centro historio. Tudo fica
muito perto. Perguntei o preço de algumas pousadas no caminho que variavam de
R$100,00 até R$ 230,00. Encontrei quarto com sete camas com diária por R$30,00.
Um vendedor de doces disse que depois da ponte do rio Perequê-Açu,
que corta a cidade, as pousadas seriam mais baratas. Nesta altura a chuva
aumentou mais um pouco e eu continuei procurando. Não gostei do lugar e voltei
para o centro. Já cansado resolvi voltar e ficar na pousada perto da
rodoviária. No caminho, atravessando a ponte novamente e dobrando para a direita,
encontrei com Casa da Colônia Pousada (R$200,00 por dois dias,Rua Marechal Deodoro, 502) bem perto do
centro histórico.
Pedi para ver o quarto e fiquei deslumbrado a cada passo que
eu dava ao adentrar naquela casa. Não tive dúvida, larguei as mochilas no
quarto e disse:- é aqui que vou ficar. As fotos revelam tudo. Foram dois dias
de encantamento. Bom gosto e requinte. Uma casa cheia de histórias em cada
parede, móveis, utensílios. Um tempo de agora com marcas do passado por onde se
olha, onde se anda, onde se toca. Que grande presente do acaso. “nada é por
acaso” segundo Maria Augusta, carnavalesca muito conhecida das escolas de samba
do Rio. Foi a frase que mais escutamos quando passamos a tarde, com ela, nas
compras no SAARA e depois visitando a cidade do samba. Bem, acaso ou não, eu
estava muito bem.
Arrumei as minhas coisas no quarto e sai par almoçar
(R$15,00) na rua principal do comércio, não no centro histórico. A chuva deu
uma trégua e resolvi conhecer o Centro Histórico. Passei antes no Portal Turístico
(Av. Roberto Silveira nº 1) e peguei informações dos barcos de passei pelas
ilhas (saída às 10:00, 11:00 e 12:00 h do cais, perto da igreja de Santa Rita)
e ganhei um mapa do Centro Histórico.
Percebi que parte do Centro Histórico,
mais perto do mar, estava completamente inundada. Descobri que não era da chuva
e sim do mar que quando a maré sobe invade a cidade.
Coincidindo com as chuvas
piora ainda mais. Por isso que as ruas
foram calçadas com pedras e com escoamento central em direção ao mar. Pedras de
todo os tamanhos e irregulares. Quando se anda nas ruas de Paraty é impossível dividir
a atenção entre os calçamentos e os monumentos. Tem que se parar para ver os
prédios.
A opção e pegar uma charrete, transporte do Centro Histórico, que faz
o circuito turístico com o condutor de guia. Eu preferi mudar o meu tempo e
andar com mais cuidado acredito que o sacolejo da charrete iria provavelmente
acabar com a minha coluna.
O final da tarde ficou bonita e aproveitei para
subir até o Forte Defensor Perpétuo (aberto de 9:00 às 19:00 h, só não o Centro
de Artes e Tradições populares de Paraty, antiga Casa da Pólvora, que só até
17:00 h) que fica do outro lado da ponte subindo, subin..., su...ufa, o morro
depois da Praia do Portal. Boa caminhada, bela vista, lindo final de tarde. Bom
local e momento para meditação.
Fui descobrindo os lugares,
sabores e aromas, entre chuva e muita chuva, nestes dois dias. A cidade é uma
obra de arte a céu aberto e preserva o mais perfeito conjunto arquitetônico
colonial brasileiro. Paraty tem ingredientes do amor. Em um primeiro momento
fui arrebatado e encantado e aos poucos este sentimento foi se transformando,
criando vínculos até partir com sentimento de saudades. Acredito que isso
aconteceu com muitos que aqui escolheram para moram, fazem desta cidade um ser
único, diferente junto com ela respeitando a sua natureza.
Exposição "Ensaios"de Aécio Sarti na Casa da Cultura de Paraty
ARTE-NATI
ESPELHO D'ÁGUA - chuva, muita chuva
FLORES DO MEU CAMINHO
Fui conhecer o TEATRO ESPAÇO e acabei comprando ingresso (R$40,00) para assistir no sábado a noite o espetáculo "Flutuações' do Grupo Contadores de Estórias. Chovia muito quando sai da pousada. Tive que pegar emprestado um guarda chuva da pensão para poder chegar a tempo. Na saida continuava chovendo muito.
COSIAS DE CADA UM
Aqui termina Paraty, e o caminho indica São João Del Rei. Uma longa estrada pela frente.
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