terça-feira, 31 de janeiro de 2012

PARATY


1ª cidade

Paraty

Sai, dia 26 de janeiro de 2012, do Rio de Janeiro pela rodoviária em direção a Paraty, primeira cidade da rota do Caninho Real que eu pretendo conhecer. Um taxi (R$14,00) me levou do hotel Carioca (R$ 410,00 cinco dias) centro do Rio, até a rodoviária. Antes deixei Cláudia Palheta no apartamento de Miguel Santa Brígida, ela retorna para Belém hoje às 18:00h. Comprei a passagem na linha Costa Verde (R$59,00), que saiu às 10:30 h. Partimos com sol, mais aos poucos a chuva foi se fazendo presente.




Eram 15:30 h quando cheguei em Paraty e a chuva apenas respingava. Fui me informar como chegar em São Lourenço. Descobri que de Paraty não se chega lá e nem de Angra. Voltar para o Rio nem pensar. Resolvi esquecer este fato e tentar pensar depois sobre isso. Mochila nas costa e fui caminhando direto para o centro historio. Tudo fica muito perto. Perguntei o preço de algumas pousadas no caminho que variavam de R$100,00 até R$ 230,00. Encontrei quarto com sete camas com diária por R$30,00. 


Um vendedor de doces disse que depois da ponte do rio Perequê-Açu, que corta a cidade, as pousadas seriam mais baratas. Nesta altura a chuva aumentou mais um pouco e eu continuei procurando. Não gostei do lugar e voltei para o centro. Já cansado resolvi voltar e ficar na pousada perto da rodoviária. No caminho, atravessando a ponte novamente e dobrando para a direita, encontrei com Casa da Colônia Pousada (R$200,00 por dois dias,Rua Marechal Deodoro, 502) bem perto do centro histórico.


Pedi para ver o quarto e fiquei deslumbrado a cada passo que eu dava ao adentrar naquela casa. Não tive dúvida, larguei as mochilas no quarto e disse:- é aqui que vou ficar. As fotos revelam tudo. Foram dois dias de encantamento. Bom gosto e requinte. Uma casa cheia de histórias em cada parede, móveis, utensílios. Um tempo de agora com marcas do passado por onde se olha, onde se anda, onde se toca. Que grande presente do acaso. “nada é por acaso” segundo Maria Augusta, carnavalesca muito conhecida das escolas de samba do Rio. Foi a frase que mais escutamos quando passamos a tarde, com ela, nas compras no SAARA e depois visitando a cidade do samba. Bem, acaso ou não, eu estava muito bem.


Arrumei as minhas coisas no quarto e sai par almoçar (R$15,00) na rua principal do comércio, não no centro histórico. A chuva deu uma trégua e resolvi conhecer o Centro Histórico. Passei antes no Portal Turístico (Av. Roberto Silveira nº 1) e peguei informações dos barcos de passei pelas ilhas (saída às 10:00, 11:00 e 12:00 h do cais, perto da igreja de Santa Rita) e ganhei um mapa do Centro Histórico.

Percebi que parte do Centro Histórico, mais perto do mar, estava completamente inundada. Descobri que não era da chuva e sim do mar que quando a maré sobe invade a cidade.


Coincidindo com as chuvas piora ainda mais.  Por isso que as ruas foram calçadas com pedras e com escoamento central em direção ao mar. Pedras de todo os tamanhos e irregulares. Quando se anda nas ruas de Paraty é impossível dividir a atenção entre os calçamentos e os monumentos. Tem que se parar para ver os prédios.

A opção e pegar uma charrete, transporte do Centro Histórico, que faz o circuito turístico com o condutor de guia. Eu preferi mudar o meu tempo e andar com mais cuidado acredito que o sacolejo da charrete iria provavelmente acabar com a minha coluna.


O final da tarde ficou bonita e aproveitei para subir até o Forte Defensor Perpétuo (aberto de 9:00 às 19:00 h, só não o Centro de Artes e Tradições populares de Paraty, antiga Casa da Pólvora, que só até 17:00 h) que fica do outro lado da ponte subindo, subin..., su...ufa, o morro depois da Praia do Portal. Boa caminhada, bela vista, lindo final de tarde. Bom local e momento para meditação.

Fui descobrindo os lugares, sabores e aromas, entre chuva e muita chuva, nestes dois dias. A cidade é uma obra de arte a céu aberto e preserva o mais perfeito conjunto arquitetônico colonial brasileiro. Paraty tem ingredientes do amor. Em um primeiro momento fui arrebatado e encantado e aos poucos este sentimento foi se transformando, criando vínculos até partir com sentimento de saudades. Acredito que isso aconteceu com muitos que aqui escolheram para moram, fazem desta cidade um ser único, diferente junto com ela respeitando a sua natureza.




Exposição "Ensaios"de Aécio Sarti na Casa da Cultura de Paraty

ARTE-NATI







ESPELHO D'ÁGUA - chuva, muita chuva









FLORES DO MEU CAMINHO










Fui conhecer o TEATRO ESPAÇO e acabei comprando ingresso (R$40,00) para assistir no sábado a noite o espetáculo "Flutuações' do Grupo Contadores de Estórias. Chovia muito quando sai da pousada. Tive que pegar emprestado um guarda chuva da pensão para poder chegar a tempo. Na saida continuava chovendo muito.




COSIAS DE CADA UM




Aqui termina Paraty, e o caminho indica São João Del Rei. Uma longa estrada pela frente.

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